Dia 04 – Um dia especial

Hoje foi um dia especial.

Dor nas costas é algo comum,  em jovens e idosos, como nos denominam aqueles que nos respeitam!

Pois é, tomei coragem, vesti minha fantasia de Zorro, luvas e máscara, e cheguei na fisioterapeuta que há anos me atende com muito bom resultado. O ar em casa estava ficando rarefeito, apesar de todas as janelas abertas sentia-me uma santa na redoma de vidro.

Dia 01

Cheguei à casa de mil leitores. Estou muito contente com este resultado o que me faz desejar falar com vocês sobre este momento, com mais intimidade, digamos assim.

Não tenho a menor vontade de dar pitacos de como se comportar em casa, na rua, no supermercado. Não tenho mais pitacos para repassar de como desinfetar as mãos, os pacotes, não quero aumentar o pânico com os números que informam sobre milhares de mortos e ou contagiados. 

A Bolinha

Recebo a cada minuto piadas, informações, previsões desastrosas ou recomendações sobre como me proteger da Bolinha.
A Bolinha é esta Coisa que está no ar e que parece com um vírus. Colorida com um monte de espetinhos de borracha, lembra a bolinha que sou obrigada a apertar várias vezes para cuidar da minha artrite na mão.

Dilemavírus

Há dias não publico texto algum neste espaço. Por quê? Porque nada tenho a dizer! Pode ser que este momento dure ou até desapareça. Escrever ficção é mais fácil! Pensar o contemporâneo, o aqui e o agora, foge ao meu conhecimento porque é tudo muito confuso. A informação eletrônica, endeusada como única fonte de conhecimento, reforça o dito popular: o próprio feitiço virou contra o feiticeiro. O feiticeiro não consegue mais me enfeitiçar!

Liberdade para ser livre

Quando jovens, acreditamos ter o direito de brigar por conceitos sem a vivência experimental. Só aprenderemos mais tarde que a teoria nem sempre é aplicável à realidade. Pensávamos que ser livre era poder fazer o que o corpo desejasse, além de receber as chaves de casa e guiar automóvel em qualquer direção. Estes caminhos, muitas vezes, não nos ensinaram nada que servisse para o trabalho e a carreira que escolhemos sem conhecer. Sucederam-se escolhas como a família, sendo esta uma liberdade assumida, mas não concebida.

Para não ter que enfrentar a complexidade da vida, por achar   injusto ter que viver o que não se deseja, nos enclausuramos na torre de marfim. Perda de destino, aumento de necessidades, carência afetiva, amadurecimento a fórceps iniciam a corrosão de um sentimento aprisionante, nos encontramos acorrentados à vida, convictos de que a liberdade não passa de uma fantasia assim como a decantada felicidade.

Na juventude, olhávamos com certo desprezo para a realidade externa, o espírito entulhado de dúvidas, sonhando que, caso alcançássemos a liberdade, descongelaríamos e, derretidos, viveríamos num aquário translucido cheio de luz com outros peixes, também em liberdade para nadar para qualquer direção.

Incoerência

Reproduzo o artigo de JR GUZZO publicado na Gazeta do Povo no dia 17/2/2020.

O reproduzo por não saber expressar minha reflexão com tanta propriedade e clareza, mas texto que fala por mim e faz refletir.

Não escrevo sobre politica mas acredito em informação boa (mesmo se as vezes não concordo). Sou “ligada” nos acontecimentos em curso no Brasil e no Mundo. Gosto de criar possíveis tendencias!

Publico o texto Incoerência de JR GUZZO como parte de um apelo: não é mais “aguentável” ler e ouvir tanta aversão escatológica sobre o que se passa, presentemente, no nosso Pais!

A polarização acerbada, palavrões dirigidos aos políticos sobre fake e ou verdadeiras noticias.

Se merecidos ou não, não me compete julgar porque não consigo enxergar

Resta um

No século passado havia um jogo com o nome Resta Um. Era uma caixa de baquelite cor creme com vários furos. Em cada furo uma peça vermelha para encaixar. Jogava-se a dois. Quem primeiro “comia” a última peça do tabuleiro, ganhava o jogo. É assim que me sinto quase todo dia quando tenho que levantar…