Para pensar sobre o filme Barbie, tenho como idéia desdobrar a histórica epopéia desta boneca e seu namorado Ken, em alguns outros textos ainda em processo de produção.
Hoje a proposta é perguntar aos meus leitores o que acharam do filme logo ao sair do cinema?
Ele exalta a queda do poder machista ou a ascensão do feminismo?
Ken, é a personificação do homem de hoje e a Barbie a amostra perfeita do movimento feminista?
(A hipótese X, ou seja, elxs, não existe neste mundo Barbielesco).
Entretanto, verdade seja dita, nas acaloradas conversas que se sucederam com amigos e amigas sobre o filme, as opiniões diferiram entre odiá-lo e amá-lo. A mim, Barbie causou perguntas de cunho estritamente atual e alguns risos, mas, o filme tem muito, mas muito mais, para contar nesta espetacular produção, que, um dia, poderá ser avaliada como icônica em vista da sua atualidade.
Barbie é um filme que não pode deixar de ser recomendado, apesar de ser um tanto longo, complicado na narrativa e não ser dirigido para crianças. Há quem o identifique como sendo propaganda enganosa, feita para vender mais Barbies e Kens ao redor do mundo. Acho que não!
Para entendê-lo, seria necessário navegar entre algumas indagações: é uma verdade, uma hipótese, ficção ou um denominador que separa o presente do passado?
No meu entender, o filme não é uma verdade virtual. Transpõe, com inteligência, para a tela, uma realidade que está acontecendo.Barbie traz uma percepção enviesada sobre as relações entre um homem e uma mulher de carne e osso no século XXI e para tal usa o fenômeno social da Barbie do século XX.