Existem momentos em que, como o estourar de fogos de artificio, uma etapa da nossa vida acaba com o estouro e um clarão no céu. Para trás fica um destino que criamos.
À frente, um céu negro à espera de outro espocar de fogos de artifícios, ao assim terminar, outro e mais outro e mais outro destino vivido. Cada um destes destinos embrulhado em papel que escolhemos a cor, amarrado com fita e guardado em seu lugar: longe da alma e do coração.
O pacote não é para ser avaliado com adjetivos de feliz ou de desgraçado. O destino criado por nós não é uma matéria exata de pesos e medidas. O pacote contém a livre escolha. Muitos podem ser os pacotes. Cada qual é seu próprio destino.
Numa noite escura, ameaçando mal tempo, lentamente chega o barqueiro. Seu trajeto vai de uma margem para outra. Acredito que é nesta travessia que os pacotes pacotinhos ou pacotões são jogados para fora da embarcação para ela seguir mais leve. É quando não há mais pacotes para embrulhar.
Parabéns Bettina!
Marilia, muito obrigada. Fico feliz que você acompanha meu trabalho assim como eu acompanho o seu. Beijo