O titulo é de um filme antigo cujo cenário é o século XI. Eu escrevo aqui no Século XXI, hoje, dia 13 de agosto de 2018.
Porque lembrei do filme Em Nome da Rosa?
Havia um convento que guardava escondido de monges interessados em ler Aristóteles e demais filósofos da era grega, livros de teorias filosóficas cristãs, livros sobre medicina, enfim, livros que pudessem despertar a desconfiança na obscura teoria da Igreja Católica dominante. Mas havia um livro especifico que, ao ser aberto por um interessado, morria envenenado. O mistério se revela: era um Conhecimento para não ser conhecido.
Qual a analogia entre o século XI e o XXI?
Vou extrapolar: hoje há pouco interesse em torno de leituras apresentadas por blogs de escritores. Parece que seus textos contêm o veneno do apropriar-se do Saber. Mais rápido e mais direto, o Face e Instagram, que tudo desconhecem, e ainda mais fácil é ouvir os youtbers de prontidão; Acredito que somos literalmente envenenados pela comunicação, de fácil digestão.
Ao contrário do século XI somos envenenados pelo Conhecimento “iluminado” superficial e de fácil digestão. Espero que este conhecimento não nos mate se porventura acabar a eletricidade e assim não mais podermos recarregar nossos iPhones. (Sei que há pessoas que preferem livros envenenados como outrora no convento, sabem que não vão morrer mas se calam ao “saber” mais do que os internautas.
Sociólogos, antropólogos, filósofos estão tentando decifrar qual o rumo global, mas não conseguirão apaziguar a alma que sente igualzinha ao século XI! No fim e no fundo, nada de significante realmente mudou. O Homem muda crenças e valores, mas não conseguirá, a tempo, mudar em si próprio o lado sombrio da índole humana, por não ler, justamente, livros que tratam do assunto. A escrita, livros, bibliotecas, obras de arte perdem continuadamente sua importância. As traças irão devorá-los!
Eu por exemplo, sofro do Mal du Siècle (mal do século) termo do século XIX que se refere à literatura do período romântico. Um movimento caracterizado pela escrita saudosa, desiludida e melancólica , que procura explicações para os grandes temas da humanidade.