Mais uma vez, em curto espaço de tempo, estou cansada do país em que vivo.
Assim, com esta inútil reflexão acima, sigo sobre o que acho do governo do presidente Jair Bolsonaro
Inclui-me na contagem dos votos nulos quando da última eleição. Por nenhuma outra razão do que não me sentir confortável com o olhar de águia raivosa do candidato vencedor. Pareceu-me que a expressão facial, já durante a campanha, era de uma pessoa descontrolada emocionalmente. Sim torci para ele ganhar porque era dizer não para o PT. Simples escolha? Também não!
Por que introduzo minha crônica de hoje declarando cansaço? Penso que este sentimento já é de todos conhecido quando se relaciona à política brasileira.
É o cansaço de esperar o quê?
Eu não sei mais e sentir-me assim é muito desconfortável no dia a dia.
Vou ter que contar a história recém passada porque mais uma vez, acredito que ela também se passou com outros além de mim.
Lembro que fiquei à parte das conturbadas discussões pré-eleições, a divisão entre os que definiam, seguros de seu conhecimento, o que é ser de direita ou esquerda, extremas ou não. Fiquei a parte por medo! Sim medo e insegurança no que acreditar ser bom ou pelo menos melhor para o Brasil, seu povo, eu mesma.
Reflexão não faltou para uma minoria. Reflexão menor ou nenhuma para aqueles a quem Bolsonaro dirigia sua verve aterradora – acertada – sobre o passado com arroubos de patriota e nacionalista. Promessas de mudança drástica ( termo forte para assinalar mudanças. Melhor seria transformação e não é da noite para o dia que nenhuma das duas acontece).
Balancei na dúvida entre ele ou não. Balancei principalmente por tanto desejar uma escola onde as crenças dos professores não se imiscuíssem com a História Mundial. Ensinassem, isentos, o que é e foi o fascismo, nazismo. as revoluções, ditaduras, exércitos, povos, presidencialismo, democracia. Monarquismo, Parlamentarismo, Comunismo, Socialismo. Autoritarismo, Corrupção. Liberdade em todos os seus sentidos. Ensinassem o que quer dizer ser de direita, esquerda, centro para que cada aluno soubesse de sua escolha. E mais, demonstrassem, através de exemplos, as consequências do exercício do Poder por pessoas sensatas ou perturbadas, no comando pelo voto ou usurpação. Demonstrassem as consequências para o genérico povo, formado por homens e mulheres e crianças de carne e osso e não apenas uma massa de gente que não recebeu a educação necessária para distinguir uma coisa da outra.
Balancei na dúvida entre ele ou não. Balancei porque desejava um país mais tranquilo, não tão violento, não tão libertino.
Quando elegeu seu ministério, fiquei envergonhada por não ter acreditado nele. A criação de dois super ministérios, um dupré (porque falta o terceiro pé do tripé) para este momento. Escolheu a dedo os seus chefes: a economia andando, a corrupção melhorando , o resto vem sozinho!
Hoje, tenho certeza que votei certo. Acreditei que ele deixaria os que sabem mais do que ele fazerem o que nos foi prometido. Mas o fato de ter votado certo não me deixa menos cansada. Ele fala demais, fala besteiras, frases incongruentes, tem filhos mal-educados como ele mesmo.
Mas ao meu entender, tudo que é falado, dito e não dito, feito ou desfeito é irrelevante, (apesar de perigoso).
O que assusta e essa é a razão do título desta crônica, é a ausência da Inteligência Humana (IH) na presidência do País, ou seja a falta de predicados humanos para governar com o poder adquirido nas urnas.
O presidente está nu: ele não sabe como governar sem a Inteligência Artificial (IA) que o elegeu apoiado nos algoritmos. Tem errado feio no uso dela. Atrapalhado com a Inteligência Artificial justamente porque lhe falta a educação, conhecimento e experiência, artigos preciosos da Inteligência Humana ( IH) .
A massa de gente, o povo, porém, acredito, tem mais inteligência humana do que a inteligência artificial “acha” que tem!