Nos almoços em casa, quando meus filhos vêm para a macarronada de domingo, sinto-me uma mãe de celofane. Sou o papel transparente que embrulha as flores em forma de buquê. Elas são vistas, mas a mãe de celofane não é. Os filhos sabem que ela estará sempre lá. Uma fita segura o maço embrulhado.
Não há como não acreditar no ciclo das flores!
Autor: Bettina Lenci
Na juventude, tive início profissional em história da arte, fotografia e reporter. Deixei de lado essas possíveis profissões para, durante o tempo que o destino me fez ser empresária porem, sem jamais deixar de me dedicar à escrita anônima. Gosto especialmente de crônicas e de criar histórias através de contos e novelas. Ao longo do tempo, construi uma visão de mundo mais sombria em busca de personagens alinhados às virtudes, às relações afetivas, erros e acertos nas suas vidas, acompanhando seus processos de transformação. Através destes recursos e de um olhar receptivo sobre o pensamento da alma, tento transpor para o papel o Real Cotidiano de todos nós.