Gostaria aqui de enfatizar: o espaço do meu blog intitulado “Reflexões”, não é para avaliar e exercer política. É dedicado a observações que podem envolver prejuízos a pessoas ou a uma nação. Situações que podem gerar consequências para todos nós que vivemos sob o poder de mandatários e políticos, sob o poder da mídia e das transições de hábitos e costumes que ocorrem em qualquer parte do mundo.
Hoje observei duas circunstâncias em curso a longo tempo. Uma sobre a Inglaterra, especificamente sobre a cidade de Londres da qual acabo de chegar, e outra sobre o estado em que encontrei o Brasil ao abrir o jornal.
A Inglaterra é um país admirável. Lá ocorreu a Inserção Social, muito antes dos demais países europeus e muito antes de se tornar uma teoria contemporânea extremamente importante. Em Londres dificilmente cruza-se com um inglês, aquele personagem excêntrico, terno xadrez, de chapéu melão preto, bigodes e uma fala inglesa de quem parece ter uma batata quente na boca. Cruza-se com personagens excêntricos que ditam a moda para o mundo porque Londres é um caldo fascinante de misturas de pessoas de todas as cores, culturas, modos e maneira de se vestir, falar e viver.
(Acredito que dentro de alguns anos, o Brexit será reconhecido como uma decisão acertada. Mas esse é um pensamento em que pretendo me aprofundar quando finalmente o impasse for decidido).
Quanto ao Brasil: ontem, me chamou a atenção, em nota de rodapé, o fato de que o primeiro registro de derramamento de petróleo foi dado em 30 de agosto nas cidades de Conde e Pitimbu na Paraíba. Ontem, dia 21 de outubro, uma alta patente do governo, declarou que houve “falha do Governo sobre a comunicação das ações tomadas” e, ontem mesmo, anunciou “que o Exército será colocado à disposição das operações de limpeza.”
Problemas e / ou questões políticas nos são revelados todos os dias e este fato não é precisamente um mal, pois pode ser explicado, apesar de não justificado. Faz parte do jogo!
No meu entender, temos falta de três predicados: capacidade de planejar a longo prazo, capacidade administrativa de averiguar se as medidas planejadas estão sendo corretamente implantadas e a falta de disciplina para obedecer a regras e condutas. Não gostaria de comparar, mas já comparando – por alto – esses são talentos que não faltam para os ingleses. Em contrapartida temos um talento fabuloso para a improvisação, um dado importantíssimo da nossa cultura.
O ponto aqui, de comparação, entre o Brasil e a Inglaterra, é que eles integraram múltiplas raças, religiões e costumes nas rígidas normas de disciplina e obediência aos princípios civilizatórios nos quais os ingleses acreditam e, portanto, obrigam todos os “estrangeiros “a seguirem também. Quem não segue é multado, ou seja, punido!