Para a direita,
o velho mundo.
Para a esquerda,
terra à vista.
Abaixo da linha do Equador.
O descobridor aqui aportou.
Na terra e no coração do nativo,
deixou enorme vazio.
Para repor este oco,
porque não
roubar um pouco
do outro?
Com medo de se dizer no erro,
o homem do paraíso,
ainda sem pecado,
pilhado, desprovido,
perdeu a noção de valor.
Corrompido pelo chicote, pecou.
Abaixo da linha do Equador.
Ora pecador,
sem ter pecado.
Ora infrator,
sem ter infringido.
Ora delator,
silencioso.
Ora corruptor,
ignorado.
Ora corrompido,
conivente.
Pode-se tudo
abaixo da linha do Equador?
Tenho medo do que tolero.
Tenho medo do que não tolero.
Há culpados?
Eu sou.
Abaixo da linha do equador.