Hoje, dia 2 Janeiro de 2024
Caros e esparsos seguidores:
Debrucei-me, neste comecinho de ano sobre o que podemos esperar, caso, tenhamos nos proposto, no ano passado, a ser minimamente bem informados pela mídia, qualquer uma delas, cheguei a uma conclusão: nada vai mudar!
Os tópicos ventilados em 2023 – enjoativos a náusea – voltarão, todos requentados.
Leremos, com certeza, por exemplo:
Temos que acabar com as emendas parlamentares deturpadas.
– Temos que mudar de atitude para mudar o País.
– Temos um mercado inquieto por conta de ações governamentais.
– Temos que transformar metas em ações.
– Temos que legislar sobre a lei de uso da internet.
– Temos que resolver o marco temporal.
– Temos que resolver a questão do arcabouço fiscal.
Não temos que preservar o agro contra bloqueios no orçamento.
– Não temos que inflar o fundo eleitoral retirando verba do PAC.
– Não temos que viver sob o regime da polarização política.
– Não temos que criar mais subsídios
– Etc. etc.
Podemos substituir o termo temos que pelo precisamos de mas, deixo de nomear o que precisamos pois a maioria do que o Brasil precisa não passa por nós, o povo, e sim por agentes do povo que tem assentos no Congresso pouco afeitos em realizar o que precisa ser feito. Gostam da ação falada: temos que! Não são líderes de uma nação porque não resolvem o TEMOS QUE MUDAR para o RESOLVIDO ESTÁ.
Seus tópicos regem uma nota só entra ano sai ano há incontáveis anos. Entre outros tópicos tais como:
– justiça
– pobreza
– riqueza
– fraudes
– privilégios
– desperdícios
– inundações
– sustentabilidade
– aquecimento global
– criminalidade
– inserção social
– Etc, etc
Isto posto, continuarei buscando, neste novo ano, notícias sem pé nem cabeça, numa tentativa de compreender, associativamente, alguns absurdos do nosso aqui e agora. Por exemplo este abaixo e como resolvemos a viabilidade de se ter calçadas decentes para caminhar.
“Dino carnívoro e veloz é descoberto em Araraquara”.
e o subtítulo: O “Farlowichnus Rapidus”, que viveu na região há 135 milhões de anos, foi identificado com base em pegadas.
A história:
Na falta de calçadas na cidade, algum prefeito decidiu resolver o problema, recorrendo às pedras de arenito da redondeza porém, em 1976, um cientista italiano, Giuseppe Leonardi, identificou, nas calçadas araraquarenses, a marca das patas dinossáuricas de 135 milhões de anos atrás e… pasmem… as identificou nos blocos de arenito usados para o povo de Araraquara caminhar sobre elas.
Poderíamos viver sem termos sido informados de tal fato irrelevante mas curioso, senão divertido.
Mas a notícia despertou a minha eterna pergunta sobre O Tempo, um dos principais assuntos de minha escrita.
Quantas gerações teremos que esperar até sermos capazes de transformar nossas pegadas – inscritas há 500 e mais anos na dura pedra brasileira – em sólidos blocos que pavimentariam uma calçada mais justa e consciente da nossa realidade?
Mas com pesar, acredito que há pouca vontade de encontrar possíveis caminhos realistas para as nossas pendências seculares e urgentes.
O que desejo para todos nós brasileiros nestes próximos 366 dias do ano?
Um despertar da consciência de pessoas que, apesar de disfarçadas de revolucionários franceses do século XIII, não se mexerem, deitados em seus berços esplêndidos sem – como diz o outro – caírem na real do nosso Brasil. Para mim mesma, bem, gostaria de ser mais lida no meu site bettinalenci.com.br
Um abraço carinhoso,
b