Elon Musk é um bilionário americano, visionário, criador de futuros com suas máquinas de altíssima tecnologia – algumas ainda em fase de construção (é o criador do carro que se conduz, ou seja, sem motorista). Ele teve um filho há pouco a quem deu o nome de: X Æ A-12 Musk. Não é fake news! Este fato em si já seria suficiente para o mundo considerá-lo “louco”. Não simpatizo particularmente com ele, mas louco não é! Desprezá-lo pode vir a ser um engano. Claro que ao tomar conhecimento do nome deste menino fiquei triste por ele. Será o penúltimo da classe a ser chamado…
Musk, por exemplo, afirma que a tecnologia que usamos hoje é primitiva, que somos mais inteligentes que os celulares e computadores. Que tão somente a tecnologia tem instrumental para aumentar nossa capacidade cognitiva e para tanto uma das empresas de Musk está trabalhando em um cérebro-máquina que deverá interfacear com o cérebro humano e este cérebro “artificial” com nossos computadores.
A esta altura me ocorrem imagens de ficção científica que coleciono no meu imaginário desde adolescente. Previsões futurísticas, hoje, já são realidade, apesar de ainda não serem tão avançadas como as previstas para os próximos anos do século XXI.
Acredito em profundas mudanças na maneira de vivenciarmos nossas moradias, nossa alimentação, saúde, lazer. Não teremos mais escolas e o que hoje nossos filhos e netos aprendem de história mundial e geografia do planeta não servirão para nada. Será obsoleto, desnecessário, pois o Novo Mundo poderá ser Lua e Marte. A história será substituída pela história do conhecimento tecnológico e a geografia terá que ser conhecida sobre o espaço e essas duas novas terras em que se viveria. Eletricidade, água, esgotos tudo ficará apodrecendo aqui na Terra junto com os menos favorecidos que jamais poderão pagar as passagens para Lua e Marte! Nesses dois novos espaços serão criadas florestas e não haverá vandalismos contra a natureza. Sobre água, rios e mar não podemos antever como será solucionado o que temos hoje como fonte de sobrevivência e lazer.
Nossa roupa e alimentação será radicalmente diferente como já vimos nos grandes desfiles de moda. Capacetes de oxigênio, raios laser embutidos, óculos para sentir esperança, enfim… a imaginação vai longe! Creio que a grande maioria de nós já viu tais imagens nos filmes, daí a facilidade de imaginar os cenários. Haverá vantagens que hoje ainda não conseguimos especificar , mas uma coisa é certa: seremos vigiados 24 horas por dia e uma central de reconhecimento saberá exatamente quem somos, como pensamos, desejos, frustrações, além das elementares informações como endereço, identidade, etc. (algo que hoje o facebook acessa e assim nos manipula sugerindo em quem votar e como direcionar a vontade de comprar o quê e quando). Mas essa realidade nós todos já aceitamos como parte do cotidiano. Aliás, somos obrigados a aceitar.
Humanos não serão concebidos com sexo, assim como nossos sentimentos mais íntimos e subjetivos serão traduzidos através de pulsações coloridas – já a caminho com a neurociência – através do computador, portanto não presencial. (Quem sabe a natureza seja tão sábia que por isso já estamos treinando viver separados em tempos de vírus!) Poemas de amor serão escritos não mais com palavras, mas expressos numa espécie de código Morse. Para popularizar este Novo Universo de pessoas mais inteligente do que somos hoje, o laboratório criará a reprodução instalando um chip de inteligência no esperma e no óvulo – homens e mulheres terão iguais capacidades com o objetivo da melhoria contínua da raça humana sem a identificação de gênero. Não falta literatura que desenhe esta época futurista em gestão: a capacidade de fundir tecnologia ao corpo na criação do super-homem /super-mulher.
Contudo, não creio, que esse “novo” Ser, mudará em sua complexidade. Continuarão a existir corruptos, os sem moral, os violentos. Os problemas a serem enfrentados serão os mesmos, mas serão resolvidos de maneira diferente: com alta tecnologia: a inteligência artificial! (Essa inteligência, por exemplo, detectaria, antes, se um político poderia se candidatar a um cargo de poder…!
Sinto-me bem desconfortável com esta perspectiva.
Mas por que tão longo texto sobre ficção científica, nem mais tanto ficção?
Por que (me pergunto) a tecnologia, hoje, estando tão avançada como acreditamos estar, não encontra um antídoto para este covid-19?
Sinto que caio, a cada dia, numa armadilha como um rato em busca do queijo. A armadilha para pegar os ratos na época da peste me parece muito parecida com a armadilha do nosso tempo: absolutamente primitiva! Nada sabemos!
Há um descompasso entre o avanço e o retrocesso. Cada dia que passa, penso estar mais longe do futuro – mesmo sabendo que não devemos duvidar do que ainda está por vir. O futuro engatinha como o cuidado do rato com vontade de comer o queijo, sabendo, talvez – e sem uso da inteligência artificial – que pode morrer se errar a mira.
Fiódor Dostoievski (escritor russo do século XIX) se fez uma pergunta no livro Crime e Castigo:
“Se Deus é bom porque criou tanto sofrimento?”
Eu gostaria de acrescentar: por que, nesse momento de vírus e medo da morte, ELE nos deixa com tantas dúvidas sobre nosso futuro?
E podemos formular a pergunta que – suponho – pode estar ocorrendo para alguns nesses dias de pandemia, não importa raça, cor, credo e ou religião: Deus existe?
Toda situação sem previsão de fim é uma guerra dentro e fora da gente. Sendo a pergunta acima a única verdadeira em nossa vida, quer me parecer que ela vem à tona, sobretudo, nos momentos difíceis como o sofrimento e inquietação em relação a um vírus desconhecido que nos ataca planetariamente.
Gente, desculpe se os deixei desanimados, mas só posso escrever o que vai pela minha alma. Estamos caminhando para 11.000 mortes. É penoso demais!
Boa noite, bom dia, boa tarde.
Sintam-se abraçados nesse momento
bettina
Bettina, lendo esse texto que inicia com o Musk me identifiquei com o questionamento das contradições do mundo…da vida… aí lembrei de uma frase do Cazuza que diz… “um museu de grandes novidades” …e acho bem atual. Beijo Renata
É voce Renata que me escreve?
Acho que sim e vou te responder diretamente, se nao for v. me corrige por favor via email .
O Musk é realmente, digo o personagem que existe mesmo, o inventor, é uma figura assustadora,
mas com certeza um “vidente”sobre o futuro próximo. O que confirma ele hoje parecer “louco”é o nome
com o qual batizou o seu filho : está convicto de que o futuro vai ser outro , tanto assim que nem mais o nosso próprio nome será igual ao que recebemos hoje.
Acho que este futuro já está aí mas nós não gostamos de mudanças e as protelamos para nao ter que olhar para elas.
Estamos confusos com mudanças no nosso dia a dia, com a tendência da política mundial e o futuro das democracias e do capital, a pobreza alheia nos magoa sem vista de solução a curto prazo, e… sobretudo nos incomoda sobremaneira a transformação dos hábitos e costumes, mas que tudo fazemos para que permaneçam iguais como sempre foram e gostamos como era!
Busco me concentrar sobre o ser feliz. Avalio o tempo todo se estou feliz ou nao! o que é afinal felicidade? No que se resume a vida? Igualzinho à voce!
Acredito em Liberdade e Independência e – ao meu ver, claro,- quando entao podemos nos perceber um SER POR INTEIRO = uma sensação!
Somos dependentes de muitas coisas e é bom e é do Humano. Sim,dependemos dos que amamos,dos resultados do nosso trabalho ( realização e financeiro), dependemos que o outro nos ame e respeite nossos desejos. Sempre dependeremos dos instintos naturais como a nossa vontade, os impulsos, receios e medos, saúde, insegurança.
Porém o mais difícil para todos quer me parecer, é quando e como dizer não na hora certa, para outros e para nós mesmos, principalmente!
Uma possibilidade é nao somar as expectativas dos outros sobre a nossa pessoa; o aprender a dizer nao, é, justamente, este movimento que trará consigo a liberdade = segurança e consequentemente a independência sobre a vida como ela é!
Sei que tudo isso é óbvio e está nos livros de auto-ajuda.
Mas como “fazer” para se desvencilhar de tudo que nos contam, esta é a pergunta? Que nos contam que se fizermos assim ou assado seremos felizes! Conselhos!
Pessoalmente acredito que podemos ser felizes nos questionando sobre tudo que sentimos e vemos, concretamente, presencialmente ( palavra da moda!)
Se fazer os questionamentos sobre a vida, – estes que voce se faz e me escreveu que os tem!
Só os questionamentos nos fazem POR INTEIRO. Descobrir, ao longo da vida, que somos do jeito que somos, através de erros e acertos, nos deixa contentes , portanto, felizes.
Felicidade é uma palavra poética que gosto, mas cujo conteúdo para cada qual tem uma versão. Por enquanto acredito nesta: sentir-se contente consigo mesmo pelos resultados alcançados porque se pousou questionamentos, continuadamente.
Que resposta longa! Espero nao ter te aborrecido!
Com afeto,
Bettina