Noite Feliz, Férias Felizes

Férias. Uma imagem de felicidade que vai se defasando à medida que entramos na faculdade. Fica gravada como tendo sido uma   época feliz, depois que saímos da faculdade para enfrentar a vida!

Natal. Suscita igualmente a mesma fantasia.  Supondo que o universitário já esteja casado e com filhos, as duas imagens se sobrepõem.

Férias. Com a proximidade das datas e o merecido descanso dos adultos, ela deixa de ser uma alucinação, uma miragem para, eventualmente, tornar-se realidade e nos fazer esquecer o “suplício” que foi o período natalino.

Natal. Tendo em vista o número de novos avós que surgem com os segundos e terceiros casamentos dos filhos, novas mães ou duas ou três madrastas, vários primos sem consanguinidade alguma, meio que obrigados a se darem bem, pais e mães tendo que cuidar para não ofender nenhum(a) ex esposa/marido ,afinal, “mãe/pai de meus filhos” , como dizem, quiçá, com renovado amor dedicado aos seus exes, inicia-se a negociação anual entre os casais separados.  Os dois eventos chegam após transações Inter familiares sobre quem vai festejar o Natal,  como e em casa de quem , assim como as férias, que filho vai passar as férias onde e com qual dos pais.

Judeus de seis braços

Ao abrir meu e-mail na primeira hora da manhã em busca de uma inspiração para inserir nesse espaço, um artigo intitulado “JUDEUS DE SEIS BRAÇOS” chamou a atenção.

Para assegurar-me de que o conteúdo do artigo não era uma piada de mau gosto ou um artigo antissemita, fui ao Google à procura de Pilar Rahola, autora do texto.

Descobri  que ela é uma jornalista espanhola, católica, basca, musa do movimento separatista, polêmica e aparentemente “sem papas na língua” – chegou a “bater boca” com o ex rei da Espanha, Juan Carlos (que numa conferência disse para o presidente Maduro da Venezuela: “Por que no te callas?)

Fiquei em dúvida se exporia seu texto porque ele data de 2009, proferido no Fórum Global para Combate do Antissemitismo, em Jerusalém. Minha indagação logo se dissipou. Achei que o conteúdo continua sendo atualíssimo. Assim, quis dividi-lo com o leitor nesta página destinada a reflexões sobre temas presentes e continuamente debatidos.

O antissemitismo não é datado. Chega até nós através da História, bem antes do nascimento de Jesus. Porque ele existe não sei, mas afirmo que ele existe, veladamente ou não. As razões alegadas são inúmeras.

O que Pilar Rahola tem a dizer a respeito?

De mulher para mulher

Começo assim, – antigamente – há 50 anos atrás, quando eu ainda era uma mulher bonita e atraente… Dizem, hoje, que não pareço ter a minha idade. Talvez porque não estou preocupada com ela, mas sim com a minha memória e presença no mundo que vem mudando, sem parar, de lá para cá. Chego até…

Corvos, hienas e Peter Pan

Dumbo, o elefante, personagem tão querido – fofo dizem hoje – faz a criança chorar saudavelmente quando perde a mãe, mas, em contrapartida, ganha um amigo que o ensina a voar.

Transforma a tragédia – por conta de suas enormes orelhas – em uma façanha sem igual no mundo fantástico da imaginação.

Existe algo mais instrutivo e sensível para uma criança aprender do que transformar uma particularidade física em sucesso? Encontrar amizade em trocas com seres diferentes?

Hoje o desenho do pobre Dumbo é execrado como sendo de conteúdo racista ou ofensivo.  Diz o artigo de jornal: “pode conter representações culturais desatualizadas”. A razão para tal descalabro é que os corvos do desenho animado Dumbo, ”encarnam estereótipos de afro-americanos”.

Meus filhos são da geração anterior a Y, hoje adultos responsáveis e , sobretudo,  tolerantes , mas quando crianças só assistiam a filmes de Walt Disney. Nem por isso deixaram de ter uma cabeça ótima, todos terminaram seus estudos com acesso a conhecimentos e discussões acessórias objetivando tornarem-se cidadãos críticos, com discernimento para  o certo e o não certo.

Os corvos!! esses pássaros de cor preta, presente nos contos de fadas dos irmãos Grimm ou Christian Andersen, pousados ou volteando em planícies geladas da Europa, introduzem no imaginário infantil a representação da morte, a meu ver um conceito sadio para dar à criança um sentido de realidade. Talvez Walt Disney tenha pensado o mesmo.

A Justiça e os Sentimentos

Não somos mais afetados pela decepção. De tanto que já fomos sujeitos a este estado de espírito, aceitamos a decepção como sendo parte normal e intrínseca ao dia a dia. O povo de uma Nação inteira em compasso de espera continua implorando aos céus um milagre como solução para os seus problemas. Renovadamente esperançosos de…