Na juventude, tive início profissional em história da arte, fotografia e reporter. Deixei de lado essas possíveis profissões para, durante o tempo que o destino me fez ser empresária porem, sem jamais deixar de me dedicar à escrita anônima. Gosto especialmente de crônicas e de criar histórias através de contos e novelas. Ao longo do tempo, construi uma visão de mundo mais sombria em busca de personagens alinhados às virtudes, às relações afetivas, erros e acertos nas suas vidas, acompanhando seus processos de transformação. Através destes recursos e de um olhar receptivo sobre o pensamento da alma, tento transpor para o papel o Real Cotidiano de todos nós.
Hoje, estou com vontade de escrever uma crônica sobre mim mesma e o Outro. Eu sou nem mais nem menos importante do qualquer outro! Não sou nem mais nem menos inteligente. Nem mais nem menos gorda. Nem mais nem menos sedutora, nem mais nem menos instruída, nem mais nem menos intolerante, nem mais nem menos…
Nada de revolucionariamente novo está acontecendo à minha volta, daí a dificuldade em escrever crônicas que não sejam repetitivas e chatas. Não é por falta de talento em escrevê-las e sim por falta de novos assuntos. Por isso o tema hoje é a surdez da humanidade. Tentei elaborar uma lista de tópicos que nos movem.…
Tenho por hábito pinçar frases de textos de jornais. Ora de alguma coluna de jornalista que acompanho, ora notícias sem origem, ora absurdos, verdades e mentiras. Hoje li os jornais atrasados. Li os de sexta, sábado e domingo. Não sobrou tempo antes, este Tempo que todos reclamamos não ter mais. Parece que ele nos engana…
O TEMPO – por respeito e medo sempre vou escrevê-lo com letra maiúscula. Um símbolo condutor maior em nossa vida, um deus maestro que rege uma orquestra afinada. Assim, ao me referir a ele como O Tempo Que Passa, uso uma percepção corriqueira do Tempo entre uma ocorrência do passado comparada com outra do presente.…
Stepan é o nome do gato. Ele hoje é um dos fazedores de opinião mais conhecidos das redes sociais e, para maior veracidade, se apresenta com um copo de vinho ao lado e o olhar entediado com o sucesso. Ele tem por volta de um milhão de seguidores no Tik Tok, (criação chinesa viciante, segundo…
Mas por que o filme voltou, com tanta nitidez, a minha mente?
Lembrei das imagens em preto e branco, intensas e dramáticas enquanto olhava as fotos dos mortos sem razão, espalhados pelo chão ucraniano.
Hoje cedo, na primeira mordida do pão francês fresquinho, fiquei em dúvida sobre a real razão do enjoo que senti ao depositar mais um jornal sobre a pilha dos não lidos. Na verdade não é do jornal – desde a juventude um fiel companheiro de rotina – que me cansei. Coitado! Nada a ver! É…
Existem tanto siglas para identificar nossas doenças do corpo quanto na nossa política doente. (Lembro de estrelas no céu). Não vou parar de escrever para explicá-las. Confio na medicina e suas siglas. O contrário não acontece com a política exercida pelos 32 partidos incapazes de inspirar confiança. As siglas , na medicina, descrevem, em inglês,…
Volto do cemitério onde enterrei Eliza, querida amiga. Ela era bem mais velha do que eu e sei que vou sentir sua falta todos os dias. Eu a ouvia, atenta aos seus olhos que mudavam de cor. Ora me pareciam azuis, ora verdes, ora violetas. Talvez uma cor para cada estado de espírito. De quando…
Escolhi este título para a minha crônica de hoje porque poético. Recortei-o de um texto do jornal Estado de São Paulo sobre o cenário atual, político, no Chile. Na verdade, também uma crônica de Ariel Dorfman intitulado “O Que Pedem as Pedras no Chile” e lindamente recorda as odes de Pablo Neruda que pedia que…